“Eu preferia ter ouvido a verdade desde o início e ter dito adeus, mesmo que doesse, porque, pelo menos, eu não teria meu coração partido tão lentamente. Eu amava a forma que você cantava pra mim todo dia antes de eu dormir pra afastar meus pesadelos, eu estava acreditando em você quando tu disse para mim que nosso amor poderia durar a eternidade! Você sabe o quanto ta doendo agora? Minhas amigas me falaram que eu estava ficando louca, que você não prestava e que eu ia acabar magoada… Veja só, elas estavam certas! Eu cai no conto de fadas que eu tanto quis. Eu tinha o belo príncipe nas mãos e me sentia uma princesa, entende? Você causou cada arrepio no meu corpo, cada desejo, cada faísca e, infelizmente, cada maldita borboleta no estômago. Você ta me fazendo ficar sentada em casa e chorar que nem um bebê, me fazendo esperar um telefonema que nunca vai chegar. Eu to uma bagunça por sua causa garoto. Fazia tempos que meus dias passavam em volta de você e eu apenas rezava pra que eu não fosse de cara ao chão novamente. Você disse que já não sabia se estava certo continuar comigo, que a muito você não sentia mais do que amizade por mim e que já tinha outra pessoa. Você sabe como isso é cruel? Ainda teve a cara de pau de vir falar que queria ser meu amigo, que sentia muito. Talvez a culpa tenha sido minha e não sua, eu não fui capaz de ver o que tava na cara de todo mundo, mas você não acha que eu era muito nova pra você jogar comigo assim? Eu chorei o resto do caminho pra casa. Você não acha que foi cruel demais enquanto eu te amava tanto?”
Acabou, já passaram uns tempos... Não sei o que pensar, não sei o que sentir, será alívio? Ou um grande vazio que me corrompe a alma, e quebra uma e outra vez aquele pedaço vermelho que fazia o sangue bombear por este corpo que balança ao som das vozes dos deuses? A tristeza abarca todo aquele que era o sorriso diário, a lágrima nocturna tornou-se constante e já não vem periodicamente, mas diariamente junto da almofada, uma bela confidente que guarda e guarda, não diz nada e apenas ouve. Mas porque me sinto assim? Não deveria então de estar feliz? Não tomei a decisão certa? Então porque é que em vez de um sorriso tomar posse do meu rosto, são as lágrimas que o conquistam? O sentimento que não desaparece, e no meu fundo eu sei que não quero que ele desapareça, seria demasiado mau. Não seria justo, mas talvez, e só talvez se desaparecesse nela as coisas se tornariam mais fáceis, ela seria mais feliz. Ela sobreviveria. Sinto-me uma mad
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