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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2014

A GAJA

"LIVRA-TE DESSE MONO JÁ! Chegou o Verão. As roupas quentes já foram recambiadas para o fundo do armário, as botas e os sapatos fechados idem, o edredão pesado já deu lugar a uma manta mais levezinha. Se já despachaste tudo o que estava a mais, porque é que continuas com esse gajo que não vale cinco tostões podres? Deita esse mono fora! Estás sempre a queixar-te às tuas amigas que ele já não te li ga. Está cada vez mais desleixado, a barriga a ver-se ali naquela folga entre a camisa e as calças. Só quer saber de ir para o café beber com os amigos e, quando está em casa, ou está agarrado ao telemóvel ou ao comando da televisão. Houve uma altura em que suspeitaste que tivesse outra, quando nem ouvia o que dizias e só sabia trocar sms e estar na net. Agora? Agora já te é indiferente. E tu, que ainda estás para as curvas e não és nada de se deitar fora, olhas ao espelho e pensas: “será que eu só mereço isto?” Não. Por isso vais mesmo ter de deitar esse mono fora! Eu sei, estás a pensar

“Never give up someone you can’t go a day without thinking about”

“Never give up someone you can’t go a day without thinking about”             Navegar pela internet e dar de caras com uma frase destas normalmente não causaria qualquer tipo de impacto em mim, no entanto fez-me pensar. E comecei a ver que quando alguém permanece dia após dia, nos primeiros e nos últimos pensamentos diários, que algo se passa. Que não é apenas um conhecido, ou até mesmo um mero amigo, talvez seja muito mais do que isso. Talvez essa pessoa signifique muito mais do que isso, e por muito que ainda não a conheças bem não implica que ela não se agarre ao teu pensamento diário.             Então deverás desistir dessa pessoa? É claro que quando falo de ela permanecer no teu pensamento diário é pelas boas razões e não obviamente pelas más. Mas voltando à questão, vais desistir dela? Vais desistir da pessoa que te põe a sorrir, que te faz ficar nervoso(a), que te faz ficar com borboletas na barriga em vez de traças. Que te dá uma nova luz à alma e faz com o que o teu co

A different history

            Desde sempre que nos é incutido pelas histórias de encantar, pelas histórias que não são contadas à noite quando somos crianças, que uma bela princesa encontra o seu príncipe e depois derrotarem a bruxa má, vão para um lugar longínquo e vivem felizes para sempre. Que ela tem sempre longos cabelos, loiros por norma e que perdeu o pai ou o que seja, mas que o que importa sempre é que o príncipe a salvou e eles viveram felizes para sempre no seu castelo.             Mas então uma rapariga cresce, vê o mundo que de belo não tem nada, que as pessoas magoam e tornam a fazê-lo, que os rapazes apenas querem uma só coisa, e que é quase proibido olhar para uma rapariga da mesma forma que se olha para um rapaz. E sem questionar ela é obrigada a olhar para os rapazes, a apaixonar-se por eles e pensar que viverá com um, terá filhos, uma casa, e “uma família”.             E se um dia, ao passar na rua alguém lhe chama a atenção, alguém lhe sorri e ela sorri de volta, e se apercebe q

Novo livro, nova vida

          Acabou, já passaram uns tempos... Não sei o que pensar, não sei o que sentir, será alívio? Ou um grande vazio que me corrompe a alma, e quebra uma e outra vez aquele pedaço vermelho que fazia o sangue bombear por este corpo que balança ao som das vozes dos deuses?           A tristeza abarca todo aquele que era o sorriso diário, a lágrima nocturna tornou-se constante e já não vem periodicamente, mas diariamente junto da almofada, uma bela confidente que guarda e guarda, não diz nada e apenas ouve.           Mas porque me sinto assim? Não deveria então de estar feliz? Não tomei a decisão certa? Então porque é que em vez de um sorriso tomar posse do meu rosto, são as lágrimas que o conquistam?           O sentimento que não desaparece, e no meu fundo eu sei que não quero que ele desapareça, seria demasiado mau. Não seria justo, mas talvez, e só talvez se desaparecesse nela as coisas se tornariam mais fáceis, ela seria mais feliz. Ela sobreviveria.           Sinto-me uma mad