Mais um mar de choro, mais uma sinfonia de berros. Tudo recomeçou novamente, aquilo que pensava ter acalmado, o bom ambiente que pensava ter regressado, desapareceu em menos de um minuto. Como tudo neste mundo ninguém têm a mesma opinião, nem pensamentos iguais. Uns gostam de amarelo outros de azul, uns gostam de queijo e outros não. Bom seria se fossem essas as discordâncias que passavam dia após dia neste espaço selado por quatro paredes. Mas não, vai muito além disso, aqui a discordância parte de uma coisa chamada "orientação sexual", uma expressão que sempre gerou muita polémica e esta casa não é excepção.
Como em todas as outras discussões as palavras ditas de cabeça quente saem pela boca que deveria ter ficado selada, e entram pelos ouvidos daquela que chora dia após dia pela culpa que sente de ser como é. "és a vergonha da família", "só queria que fosses uma boa filha", "precisas de ser curada", "porquê que tinhas que ser assim? porquê é que isto tinha que acontecer a mim?", etc... São todas estas palavras, estas frases que martelam a minha cabeça. Peço desculpa por não ser como tu gostavas que fosse, entendo que seja difícil para ti veres a tua filha namorar com uma rapariga, mas pensa um pouco antes de falar. Porque, por muito que te doa, todas as coisas que dizes ficam marcadas na memória e para além da culpa que provocas em mim, só fazes com que me afaste dia após dia.
É com, "Se sou a vergonha da tua vida, e se nem uma boa filha sou, então para quê continuar neste mundo?" ,que me despeço e sigo caminho para o meu quarto, o meu refúgio. Acabo de escrever uma carta que acredito que estivesse destinada àquela que amo. E tomo algo que me faz esquecer tudo e seguir para um outro mundo que já não pertence de todo a este.
E acordo com um som suave daquilo que me parece ser um violino, que me acalma a alma.
Como em todas as outras discussões as palavras ditas de cabeça quente saem pela boca que deveria ter ficado selada, e entram pelos ouvidos daquela que chora dia após dia pela culpa que sente de ser como é. "és a vergonha da família", "só queria que fosses uma boa filha", "precisas de ser curada", "porquê que tinhas que ser assim? porquê é que isto tinha que acontecer a mim?", etc... São todas estas palavras, estas frases que martelam a minha cabeça. Peço desculpa por não ser como tu gostavas que fosse, entendo que seja difícil para ti veres a tua filha namorar com uma rapariga, mas pensa um pouco antes de falar. Porque, por muito que te doa, todas as coisas que dizes ficam marcadas na memória e para além da culpa que provocas em mim, só fazes com que me afaste dia após dia.
É com, "Se sou a vergonha da tua vida, e se nem uma boa filha sou, então para quê continuar neste mundo?" ,que me despeço e sigo caminho para o meu quarto, o meu refúgio. Acabo de escrever uma carta que acredito que estivesse destinada àquela que amo. E tomo algo que me faz esquecer tudo e seguir para um outro mundo que já não pertence de todo a este.
E acordo com um som suave daquilo que me parece ser um violino, que me acalma a alma.
Com amor,
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