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Mensagens

The 13 reasons

Comecei a ver uma série há pouco tempo, falaram-me dela, que retratava o relato de uma rapariga que dedicou 13 razões, neste caso pessoas, à sua morte. São treze cassetes, daquelas que se usava antigamente para ouvir músicas ou outras coisas, daquelas que não se pode pôr num computador, ou num leitor de rádio dos carros mais recentes porque já ninguém usa. Um meio de comunicação que dizem estar ultrapassado, são essas cassetes que transmitem a mensagem de Hanna (sim é o nome dela) e que cada uma remete para uma pessoa em específico, que de alguma forma contribuiu para a falta de vontade de viver, para um sofrimento tal que lhe levou ao suicídio, a maneira mais fácil e egoísta de acabar com a própria vida, deixando todos para traz.  Bom, ainda não acabei de a ver, mas é assustador como me consigo identificar tão bem com aquela rapariga que parecia ter um ar tão alegre, que parecia ter uma vontade tão grande de viver, e que principalmente, parecia estar bem. Mas não usamos todos essa
Mensagens recentes

I hate you I love you

Feeling used But I'm still missing you And I can't see the end of this Just wanna feel your kiss Against my lips And now all this time is passing by But I still can't seem to tell you why It hurts me every time I see you Realize how much I need you I hate you I love you I hate that I love you Don't want to, but I can't Put nobody else above you I hate you I love you I hate that I want you You want her, you need her And I'll never be her I miss you when I can't sleep Or right after coffee Or right when I can't eat I miss you in my front seat Still got sand in my sweaters From nights we don't remember Do you miss me like I miss you? Fucking around and got attached to you Friends can break your heart too And I'm always tired but never of you If I pulled a you on you You wouldn't like that shit I put this real out, but You wouldn't bet that shit I type a text but then I Ne

Tempo

Dei um tempo.  Precisei de um tempo. Ontem pedi àquela que amo 'um tempo', sem saber muito bem como isso se faz, sem saber como se reage, como se procede, como se caracteriza. Pedi-lhe um tempo, e não sei o que senti, acho que de tanto que já chorei - com ou sem razão - agora a apatia reina em mim, no meu corpo, na minha alma. 'E agora?' é a derradeira questão que sobrevoa o meu pensamento, como aquelas avionetas que sobrevoam as praias com mensagens de amor ou de publicidade. Acho que o director de marketing do meu cérebro achou por bem alugar uma dessas avionetas e fazê-la sobrevoar todo o dia, a toda a hora com esta pergunta.  E assim é, constantemente com esta questão passei o meu dia de hoje a reflectir - enquanto estava rodeada de gente e mesmo assim me sentia completamente sozinha no meu mundo - sobre o que se faz agora. Mando mensagem? Digo que a amo? Que quero estar com ela? Vou ter com ela?, sou bombardeada com um tipo qualquer de arma com todas estas

Casa velha, casa nova

Recentemente, ou não tão recente descobri que a mimha casa ia ser vendida, que teria que sair daquela onde vivo desde os meus quatro anos. Sempre disse que não gostava desta casa, do sítio, da vizinhança, contudo, agora que tenho que sair, que sou obrigada a tal é como se estivessem a cortar o cordão que nos une. Que me obrigassem a cortar as raízes que criei neste espaço, nestas paredes, nestas divisões. Sei que estou a exagerar, mas se imaginarem um sítio onde não se passa nada, que acordam com o assobiar dos pássaros e que à noite, no meio de cigarros fumados e conversas ao telemóvel podem ver as estrelas, às vezes até conseguiria encontrar constelações se soubesse alguma. Se imaginarem que deram a primeira queda de bicicleta neste espaço, que vivenciaram pela primeira vez uma dezena ou até mesmo centena de experiências, talvez não pareça tão exagerado. Agora irei para Lisboa, farei novas memórias, na casa nova, encontrarei novas vizinhanças que tenho esperança que sejam mais agra

Nostálgia

Ela entra subtil, como quem não quer a coisa, sabe que não é permitida, que não é desejada. Ainda assim ela força, abre aquela que se encontrava trancada a sete chaves e com arame farpado em todo o redor. E entrando devagar, consome o esquecimento e acende a vela de cada memória, de cada momento, de cada riso, de cada beijo, de cada jantar improvisado. Foi tão pouco tempo e pareceu tanto, pareceu uma vida. Fazias-me sentir tão segura, tão menina de alguém. E deixei-te ir, ou melhor forcei-te a ir e fiquei a ver, como um ato glorioso que tinha cometido. Mas no mesmo momento percebi, glorioso? Não, foi tão fraco, tão cobarde, tão sei lá. Aí chorei, mas de que me valia chorar se não punha o orgulho de lado e corria de novo para os braços que eram os certos, para os lábios que me faziam tremer assim que tocavam nos meus. Mas não é assim a nostalgia? Aquela chama que se acende de novo porque uma música, uma expressão, um olhar, uma foto, o que seja, passou mesmo em frente a nós e não no

Same Love

            Oiço vezes sem conta aquela pela qual se intitula de Same Love cantada pelo Macklemore e pela Mary Lambert, cantando baixinho as partes da voz feminina pois são as únicas que consigo acompanhar, talvez porque o rap nunca foi muito o meu género de cantorias, na esperança que o resto da sociedade oiça também esta música, escute a letra e preste-lhe atenção. Não era necessária uma análise minuciosa para entender a mensagem da mesma, basta ler na diagonal, captar pequenos versos como "And you can be cured with some treatment and religion”, “America the brave still fears what we don't know ” e alguns mais que este relato da sociedade dos dias de hoje fornece.             Toda esta música mostra como vivemos numa sociedade hipócrita que se autointitula de “liberal” mas que é incapaz de apoiar a comunidade LGBT, de nos aceitar como “eles”, isto partindo da ideia de que somos diferente deles. Não somos, muitos partilham ADN, mesma cor de olhos, tipos de sangue, cor d

Esgotei

      Estou exausta, cheguei a todos os meus limites: físicos, psicológicos, emocionais, e todos o que mais houverem. Nunca disse que era perfeita, ou melhor sempre te disse para não pores tantas expectativas em cima de mim que te ias desiludir, que te ias magoar, mas não me quiseste ouvir. Preferis-te acreditar nessa tola ilusão de que eu era perfeita, erras-te, percebeste que não era.          Errei, como todos os seres humanos erram, não me prives de errar, se nem eu posso fazer isso comigo mesma, quem és tu para tentares se quer fazer isso? Conhecias-me como ninguém e eu pensei no meu interior que também te conhecia, mas afinal não, ou mudas-te muito, ou então decidiste revelar-te agora. Tenho perfeita noção que vais ler isto, mas caguei.       Estou farta, já nem me preocupo com ser má da fita, isso é uma pura estupidez, porque se formos por aí, oh minha querida então tu és a rainha dos infernos. Acabei contigo, pois foi, lamento. mas já passou, e pelos vistos tu também já pa