Avançar para o conteúdo principal

Permanece

Nunca consegui escrever um texto ao acaso, e não o dirigir para ninguém. Não me faz sentido, se escrevemos não será para aguém ler? Mesmo que não queiramos que essa pessoa leia, escevemos para ela. Então como escrever algo que não seja para ninguém ler, que ninguém veja o que sentimos, o que queremos dizer? 
Por isso, cheguei à conclusão que continuarei com o meu pensamento, que quando escrever algo será dirigido a alguém, seja no bom ou mau sentido, mesmo que seja à minha pobre mente que anda perdida neste pequeno mundo que parece tão grande mas que é tão pequeno aos olhos de uma outra galáxia. Que tudo o que eu escrever sejas tu que leias, ou ele, ou ela. Que leias com outra pessoa ou sozinha, tanto me faz, não quero saber, apenas quero que leias. Que sintas o que eu sinto e que chores quando leres as minhas palavras, porque acredita não as direi outra vez, sou rapariga de dizer apenas uma vez as coisas.
Lamento, não ser como as outras, não ser uma rapariga comum que ri e sorri por tudo e por nada, e que tem uma alma onde a alegria transborda. Lamento não sou assim, tenho momentos de alegria mas tenho muitos mais de tristeza e desespero. Mas que seja quem for que lê estas palavras, permanece por aqui.

Com amor, 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Inspiração

          Faltam-me as palavras, a inspiração, a musa, o que queiram chamar, o Camões grande poeta de Portugal dizia que eram as ninfas do Tejo que o inspiravam, já eu deixo que as grandes sinfonias, que os grandes autores penetrem-me com o seu som de uma orquestra e me levem para um outro mundo que me eleva ao nirvana da minha escrita. Mas hoje aquele que era o som divino perdeu o seu encanto, a pauta que me inspirava desapareceu e deixaram-me, ao relento, sujeitando-me ao tempo que os deuses querem e ansiando que uma pequena inspiração me encha a alma.           Mas aí está o problema, eu preciso de escrever, porque a escrita é o meu refúgio, a escrita expõe aquilo que jamais seria exposto pela minha boca, o papel que se tornou o meu fiel confidente e que não me trairá como muitos me fizeram a quem eu confiei a escuridão do meu mundo.           E assim caminhamos para o meu mundo, aquele pequenino, sem forma definida, que absorve cada alma que entra lá, como uma areia movediça

Novo livro, nova vida

          Acabou, já passaram uns tempos... Não sei o que pensar, não sei o que sentir, será alívio? Ou um grande vazio que me corrompe a alma, e quebra uma e outra vez aquele pedaço vermelho que fazia o sangue bombear por este corpo que balança ao som das vozes dos deuses?           A tristeza abarca todo aquele que era o sorriso diário, a lágrima nocturna tornou-se constante e já não vem periodicamente, mas diariamente junto da almofada, uma bela confidente que guarda e guarda, não diz nada e apenas ouve.           Mas porque me sinto assim? Não deveria então de estar feliz? Não tomei a decisão certa? Então porque é que em vez de um sorriso tomar posse do meu rosto, são as lágrimas que o conquistam?           O sentimento que não desaparece, e no meu fundo eu sei que não quero que ele desapareça, seria demasiado mau. Não seria justo, mas talvez, e só talvez se desaparecesse nela as coisas se tornariam mais fáceis, ela seria mais feliz. Ela sobreviveria.           Sinto-me uma mad

Casa velha, casa nova

Recentemente, ou não tão recente descobri que a mimha casa ia ser vendida, que teria que sair daquela onde vivo desde os meus quatro anos. Sempre disse que não gostava desta casa, do sítio, da vizinhança, contudo, agora que tenho que sair, que sou obrigada a tal é como se estivessem a cortar o cordão que nos une. Que me obrigassem a cortar as raízes que criei neste espaço, nestas paredes, nestas divisões. Sei que estou a exagerar, mas se imaginarem um sítio onde não se passa nada, que acordam com o assobiar dos pássaros e que à noite, no meio de cigarros fumados e conversas ao telemóvel podem ver as estrelas, às vezes até conseguiria encontrar constelações se soubesse alguma. Se imaginarem que deram a primeira queda de bicicleta neste espaço, que vivenciaram pela primeira vez uma dezena ou até mesmo centena de experiências, talvez não pareça tão exagerado. Agora irei para Lisboa, farei novas memórias, na casa nova, encontrarei novas vizinhanças que tenho esperança que sejam mais agra