Avançar para o conteúdo principal

The 13 reasons

Comecei a ver uma série há pouco tempo, falaram-me dela, que retratava o relato de uma rapariga que dedicou 13 razões, neste caso pessoas, à sua morte. São treze cassetes, daquelas que se usava antigamente para ouvir músicas ou outras coisas, daquelas que não se pode pôr num computador, ou num leitor de rádio dos carros mais recentes porque já ninguém usa. Um meio de comunicação que dizem estar ultrapassado, são essas cassetes que transmitem a mensagem de Hanna (sim é o nome dela) e que cada uma remete para uma pessoa em específico, que de alguma forma contribuiu para a falta de vontade de viver, para um sofrimento tal que lhe levou ao suicídio, a maneira mais fácil e egoísta de acabar com a própria vida, deixando todos para traz. 
Bom, ainda não acabei de a ver, mas é assustador como me consigo identificar tão bem com aquela rapariga que parecia ter um ar tão alegre, que parecia ter uma vontade tão grande de viver, e que principalmente, parecia estar bem. Mas não usamos todos essa máscara? Não fazemos com que pareça que está tudo bem? Que nada nos afecta, que ninguém nos atinge que somos superiores a tudo. Pois bem, isso não existe meus caros, tal coisa não existe, as palavras magoam, e as atitudes não ficam de fora. 
E apesar do que disse acima, e de muitos concordarem com isso, tentem meter-se no papel de alguém que já passou por muito, que já foi gozada por aqueles que considerava que fossem amigos, que fossem confidentes, pilares, apoios. Para além disto que já foi traída de todas as maneiras possíveis e imaginárias. E que infelizmente já fizeram dela o que queriam e bem lhes apetecia. 
Tentem, se conseguirem, meter-se por momentos na pele de uma pessoa assim, e no fim, respondam-me: não questionariam também meter fim a vida?

Talvez a duas, talvez a dois


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Novo livro, nova vida

          Acabou, já passaram uns tempos... Não sei o que pensar, não sei o que sentir, será alívio? Ou um grande vazio que me corrompe a alma, e quebra uma e outra vez aquele pedaço vermelho que fazia o sangue bombear por este corpo que balança ao som das vozes dos deuses?           A tristeza abarca todo aquele que era o sorriso diário, a lágrima nocturna tornou-se constante e já não vem periodicamente, mas diariamente junto da almofada, uma bela confidente que guarda e guarda, não diz nada e apenas ouve.           Mas porque me sinto assim? Não deveria então de estar feliz? Não tomei a decisão certa? Então porque é que em vez de um sorriso tomar posse do meu rosto, são as lágrimas que o conquistam?           O sentimento que não desaparece, e no meu fundo eu sei que não quero que ele desapareça, seria demasiado mau. Não seria justo, mas talvez, e só talvez se desaparecesse nela as coisas se tornariam mais fáceis, ela seria mais feliz. Ela sobreviveria.           Sinto-me uma mad

Um dia

Um dia vais perceber que não podes ter tudo, que não podes olhar para alguém e assumires que é teu, vais perceber que quando quiseres algo vais ter que trabalhar e lutar para tal. Vais entender que a confiança não se ganha de um dia para o outro e que quando a perdes é raro voltares a reavê-la, que quando amares alguém essa pessoa te irá dar luta, luta que tu amarás e que ficarás louco para tê-la, e quando a tiveres percebes que é ela que queres para o resto da vida e que não a queres perder por nada deste mundo. E quando a tiveres não estragues tudo, porque o que levou dias, semanas, meses ou até anos a ter pode ser destruído e perdido em espaço de segundos, e depois não é com palavras que conseguiras reaver e se calhar nem com atitudes, porque a mágoa torna-se tão grande que a ultima coisa que ela quer é voltar para ti. Por isso quando perceberes que nada se tem de mão beijada e que o que realmente se quer demora tempo e dá luta, escuta o que o passado te ensinou e não estragues t

Voltei

Meu deus, já não venho aqui àlgum tempo... se bem que os olhos que por aqui passam são esporádicos. A faculdade começou, os dramas começaram e a paciência para me agarrar por uns momentos ao computador e depositar umas quantas palavras tem faltado. Lamento por aqueles que esperaram por mim. Decidi voltar agora, devagar, mas voltei. Muita coisa mudou, os olhares de gentes, as vozes, os carinhos, tudo... acho que posso dizer que tudo mudou, mas não será isso bom? pode ser que agora venha algo novo, que dê um brilho novo ao olhar desta pequena alma. Eu voltei, devagar, mas voltei. Com amor, Talvez a duas, talvez a dois