Ela entra subtil, como quem não quer a coisa, sabe que não é permitida, que não é desejada. Ainda assim ela força, abre aquela que se encontrava trancada a sete chaves e com arame farpado em todo o redor. E entrando devagar, consome o esquecimento e acende a vela de cada memória, de cada momento, de cada riso, de cada beijo, de cada jantar improvisado.
Foi tão pouco tempo e pareceu tanto, pareceu uma vida.
Fazias-me sentir tão segura, tão menina de alguém. E deixei-te ir, ou melhor forcei-te a ir e fiquei a ver, como um ato glorioso que tinha cometido. Mas no mesmo momento percebi, glorioso? Não, foi tão fraco, tão cobarde, tão sei lá.
Aí chorei, mas de que me valia chorar se não punha o orgulho de lado e corria de novo para os braços que eram os certos, para os lábios que me faziam tremer assim que tocavam nos meus.
Mas não é assim a nostalgia? Aquela chama que se acende de novo porque uma música, uma expressão, um olhar, uma foto, o que seja, passou mesmo em frente a nós e não nos conseguimos desviar.
Agora sorrio, não contigo nem tu comigo, sorrimos com pessoas diferentes. Os amores das nossas vidas? Talvez. Mas sorrirei sempre para ti com as memórias que tenho e que ainda me aquecem bocados do coração :)
Como a luz que ilumina os becos e aquece o pouco das almas perdidas que por eles vagueiam, tu aqueces um pouco do meu coração.
Beijinho,
Miss you A
Acabou, já passaram uns tempos... Não sei o que pensar, não sei o que sentir, será alívio? Ou um grande vazio que me corrompe a alma, e quebra uma e outra vez aquele pedaço vermelho que fazia o sangue bombear por este corpo que balança ao som das vozes dos deuses? A tristeza abarca todo aquele que era o sorriso diário, a lágrima nocturna tornou-se constante e já não vem periodicamente, mas diariamente junto da almofada, uma bela confidente que guarda e guarda, não diz nada e apenas ouve. Mas porque me sinto assim? Não deveria então de estar feliz? Não tomei a decisão certa? Então porque é que em vez de um sorriso tomar posse do meu rosto, são as lágrimas que o conquistam? O sentimento que não desaparece, e no meu fundo eu sei que não quero que ele desapareça, seria demasiado mau. Não seria justo, mas talvez, e só talvez se desaparecesse nela as coisas se tornariam mais fáceis, ela seria mais feliz. Ela sobreviveria. Sinto-me uma mad
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